Bem Vindo ao Novo Tempo

Sua participação é fundamental para este processo de mudança e de transformações. Estamos abertos ao dialogo! A sua colaboração e ajuda no que diz respeito, a desenvolvermos um ministério efetivo para uma nova geração e muito importante.
Estamos lhe esperando, e ao mesmo tempo estaremos lhe abençoando com as mesmas bênçãos do qual vós nos abençoa.
Queremos a sua atenção para este propósito, que é, de crescermos juntos no Reino de Deus.
As nossas boas vindas
Em Cristo Jesus.

Do vosso servo
Pr Edmundo.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

UNS DOS DESAFIOS DE UM NOVO TEMPO


PARTIDARISMO NA IGREJA


A formação de “grupinhos” ou partidos na igreja promove sérios conflitos entre os irmãos. Paulo escrevendo aos coríntios fez a seguinte exortação:
“Rogo-vos, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que sejais concordes no falar, e que não haja divisões entre vós; antes sejais unidos no mesmo pensamento e no mesmo parecer. Pois a respeito de vós, irmãos meus, fui informado pelos da família de Cloé, que há contendas entre vós. Quero dizer com isto, que cada um de vós diz: Eu sou de Paulo; ou Eu de Apolo; ou Eu sou de Cefas; ou, Eu de Cristo.” (1 Co 1.10-12)
O partidarismo na igreja é mais uma conseqüência direta do seu aspecto humano e temporal, causado por questões políticas, interesses pessoais, espírito faccioso, rebeldia, insubmissão à liderança e outros fatores.


OS QUATRO PARTIDOS DA IGREJA EM CORINTO
Na igreja em Corinto quatro partidos se formaram. Cada um possuía características e perfil próprio, do qual infelismente existem no nosso meio. Foram (são)eles:

- OS DE PAULO (PARTIDO DOS FUNDADORES OU DOS MAIS ANTIGOS)
Fazer parte do grupo que fundou uma igreja, que “arrancou toco”, que arduamente trabalhou para o estabelecimento e crescimento da mesma, é um privilégio. Tais pessoas devem ser honradas e reconhecidas. A memória do trabalho dos pioneiros não deve ser apagada.
Acontece que em muitos lugares, o grupo dos fundadores, além de se acharem parte de uma casta especial, pensam ter o direito de interferir de maneira arbitrária no governo da igreja.
Não são poucos os casos, em que este grupo resiste às mudanças necessárias para o crescimento e contextualização da igreja. “Eu não aprendi assim”, “Não é bom remover os marcos antigos”, “não foi assim no princípio”, são frases típicas, carregadas de equívocos e desassociadas de reflexão e discussão.
Por outro lado, “ser de Paulo”, devido às peculiaridades do seu trabalho entre os gentios, pode implicar na tentativa de se impor uma falsa liberdade religiosa (liberalismo).
Pastores e líderes de igreja em geral, sofrem nas mãos deste grupo, que inclusive, por vezes, é composto por diáconos, presbíteros, evangelistas e pastores auxiliares.
Ser um membro antigo e ser digno de honra é uma coisa, querer e poder dirigir o trabalho é outra.

- OS DE APOLO (PARTIDO DOS INTELECTUAIS)
Longe daquilo que se convencionou nos círculos pentecostais, ser intelectual é compatível com a fé pentecostal. O antiintelectualismo disseminado em nosso meio foi e continua sendo danoso. É possível ser intelectual e espiritual. Nossos líderes deveriam cada vez mais incentivar o desenvolvimento cultural e acadêmico de seus membros, associado a uma vida de piedade, fervor e serviço cristão. A conclusão dos estudos, a formação superior secular, o curso teológico, a pós-graduação, a formação continuada, dentre outros, fazem parte deste desenvolvimento.
Agora, é preciso deixar claro que “saber mais” não implica em “ser mais”. Não nos torna melhores ou maiores do que os que sabem menos. Infelizmente, o acúmulo de saberes acaba embriagando a muitos, promovendo com isso a criação de grupos fechados de elitistas, intelectuais, pensadores e doutores da fé.

- OS DE CEFAS (PARTIDO DOS LEGALISTAS OU DOS TRADICIONALISTAS)
Se existe algo na igreja que em alguns lugares tem conseguido colocar a autoridade da Bíblia em segundo plano, isto se chama “a tradição”. Trata-se de um típico posicionamento farisaico e legalista:
“Então, vieram de Jerusalém a Jesus alguns fariseus e escribas e perguntaram: Por que transgridem os teus discípulos a tradição dos anciãos? Pois não lavam as mãos, quando comem. Ele, porém, lhes respondeu: Por que transgredis vós também o mandamento de Deus, por causa da vossa tradição? Porque Deus ordenou: Honra a teu pai e tua mãe; e: Quem maldisser a seu pai ou a sua mãe seja punido de morte. Mas vós dizeis: Se alguém disser a seu pai ou a sua mãe: É oferta ao Senhor aquilo que poderias aproveitar de mim; esse jamais honrará a seu pai ou a sua mãe. E, assim, invalidastes a palavra de Deus, por causa da vossa tradição. Hipócritas! Bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens.” (Mt 15.1-9)
Os legalistas colocam os usos e costumes acima da própria Palavra, julgam as pessoas pela aparência, são éximos criadores de normas e regras de conduta, e se acham mais crentes e mais santos que os demais. Os tais não se misturam com os crentes de “segunda classe”.

- OS DE CRISTO (PARTIDO DOS INDEPENDENTES, REVOLTADOS E INSUBMISSOS)

Não reconhecer, não submeter-se à autoridade dos pastores e líderes, não honrá-los e não amá-los, é uma atitude de quem não conhece o princípio da “delegação de autoridade espiritual”. Observe alguns textos bíblicos que recomendam estas atitudes espirituais:
“Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas.” (Rm 13.1)
“Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina.” (1 Tm 5.17, ARC)
“Obedecei a vossos pastores e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossa alma, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil.” (Hb 13.17, ARC)
Algumas frases são típicas deste grupo: “pastor nenhum manda em mim”, “importa obedecer a Deus do que aos homens”, “meu pastor se chama Jesus” e outras mais.
Na realidade, nem a Jesus esse grupo obedece, pois se assim o fizesse, honraria a quem Deus resolveu honrar com o ministério.

NOVOS TEMPOS, NOVOS PARTIDOS
Na igreja atual, além dos partidos norteados pelas idéias e princípios dos de Corinto, existem ainda outros, como por exemplo:


- OS PARTIDOS DOS ÓRGÃOS E DEPARTAMENTOS
Nosso atual modelo de igreja ou congregação, com seus vários departamentos e órgãos, proporcionou a criação do partidarismo dentro destes (fundamentado em preferências pela liderança, dirigente ou orientador “A” ou “B”) e entre estes (fundamentado no senso de competição, disputa, concorrência). Há igrejas onde os órgão e departamentos não interagem entre si, não se percebem parte de um todo, de um corpo.

- OS PARTIDOS DOS POLÍTICOS ECLESIÁSTICOS
Este grupo está em evidência nas igrejas e convenções (estaduais ou nacional) que optaram pelo regime de governo com eleições periódicas. Dividem o ministério e a igreja. Pastores ou chapas se apresentam como candidatos às eleições convencionais, presidenciais ou ministeriais, trocam acusações, compram pessoas, se vendem, barganham, deixam de se falar, tornam-se “inimigos” políticos, fazem campanha da maneira mais mundana possível.
Não há nada que justifique o partidarismo na igreja. Nenhum bem causa, em nada edifica. O partidarismo será sempre evidência do baixo nível, ou de nenhuma espiritualidade presente.


Esses são um dos desafios do novo tempo em que devemos estar trabalhando, porque atrás desse estará vindo muitos ainda.
Vamos trabalhar!

Um abraço

em Cristo Jesus.

Pr. Edmundo