Ora, parece-nos que houve uma espécie de rejeição, já que, se soubessem quem iria nascer daquela jovem, talvez o tratamento tivesse sido outro. Se fosse um casal de nobres, se fossem embaixadores de Roma, se fossem governadores, enfim, qualquer posição que denotasse status seria de se supor que eles conseguiriam local em estalagem.
Hoje, poderíamos distinguir dois lugares em nossas vidas: a estalagem e a manjedoura. A estalagem é onde hospedamos aquilo que damos valor, aquilo que precisa ficar bem guardado, aquilo que mais julgamos precioso. Na manjedoura, procuramos deixar coisas que, de algum modo, rejeitamos, mas, não tendo como lançar fora de vez, ali as deixamos.
Com a chegada do Natal e nas vésperas de um ano novo, cabe-nos refletir em qual dos lugares Jesus está sendo colocado: na estalagem ou na manjedoura. Onde você o colocou?
Hoje, você não tem a dúvida quem é a pessoa que vai nascer do casal Maria e José. Hoje você já sabe que essa pessoa é a personagem central da história. Hoje, você ouve falar em Jesus a toda hora. Seja você de qual religião for, aproveite esse Natal para refletir: Jesus ainda continua morando em manjedouras ou você já o trouxe para a melhor suíte de seu coração?
Com base na teologia da prosperidade Jesus jamais poderia ter nascido em uma manjedoura é sim numa estalagem. Vejamos a contradição desta doutrina que prega a prosperidade de que Jesus nunca foi pobre na vida terrena. Se Jesus viesse a terra, e nascesse na elite judaica, ele teria muitas dificuldades de estabelecer o seu Reino, o Reino dos Céus, pois o reino veio para os pobres e cegos espirituais daquela época. Vemos isto baseado nas próprias palavras de Jesus: "Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui". Jo 16.36
Não estamos dizendo que não temos que ser prósperos, mas a prosperidade financeira é uma conseqüência da prosperidade espiritual, isto é quando descobrimos e entendemos o verdadeiro significado da vida e ensinamento de Jesus, do seu nascimento e do seu ministério.
"Aquele que zomba do pobre insulta seu criador; quem se ri de um infeliz não ficará impune." Provérbios 17.5
Tento entender o que leva as pessoas a se debandarem para esse discurso que se ouve em determinadas igrejas e são levadas levianamente a entregarem tudo o que tem na esperança de conquistarem uma vida que na sua luta do dia-a-dia, não conseguem vencer. Esperança, realmente essa é a real palavra que motiva a simplesmente acreditarem que Deus está nisso tudo. Longe dos rótulos do certo e errado, heresia ou seita. O que quero questionar é o bom senso, a ética e a humanidade, coisas inerentes ao ser humano, independente de credo ou opinião, esta trindade deveria fazer parte, principalmente aqueles que carregam a nomenclatura de cristãos, ou seja, são espelhos de seus ensinamentos.
A teologia da prosperidade une o fútil ao desagradável, ou seja, é uma mistura de ganância e comodismo. Os adeptos da teologia da prosperidade acham que nós temos direito de reivindicarmos o que quisermos de Deus, esquecendo da soberania divina. Cito abaixo alguns textos bíblicos, que refutam esse evangelho falso, que promete ao homem uma vida de prosperidade material, atiçando-lhe a ganância.
http://bereianos.blogspot.com/2009/08/etica-e-teologia-da-prosperidade.html
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